E se o sistema anti colisão dos F-16 fosse usado nos automóveis?
Numa altura em que o Autopilot da Tesla e outros sistemas de auxílio à condução estão na ordem do dia, surge um vídeo que nos mostra o sistema "anti colisão" de um F16 a "trabalhar", e se do ponto de vista tecnológico é fantástico ver esta "recuperação electrónica", é impossível não fazer uma comparação com os automóveis.
O sistema está constantemente a analisar a trajectória previsível do avião e compara-a com uma imagem gerada do chão, sendo que quando detecta que a trajectória do avião intersecta o perfil automaticamente gerado do solo, o sistema executa uma manobra de recuperação do aparelho, tal como aconteceu neste caso.
Nesta situação em particular, o piloto estava numa sessão de treino quando executou uma manobra extrema ficando exposto a forças próximas dos 8.3g que resultaram na perda de consciência momentânea.
E para que perceba a gravidade da situação, o "nariz" do F-16 caiu quase 50 graus, sendo que o avião se começou a dirigir ao solo a velocidades supersónicas. Quando o sistema recuperou o aparelho a altura ao solo era de apenas 896 metros.
Resta saber até que ponto se pode evoluir os sistemas de auxílio à condução nos automóveis, pelo menos a curto/médio prazo, porque ainda são vários os obstáculos que estas tecnologias têm de ultrapassar. A começar no preço e passando pelo próprio meio em torno dos veículos. É que se nos céus todos os aviões comunicam entre si, em terra, isso está muito longe de acontecer com os automóveis.
Durante muitos anos irão continuar a existir veículos que não estarão equipados com esta tecnologia e que não estão "ligados" em rede, e este é só um dos problemas. Mas não temos dúvidas em afirmar que este é o caminho, não sabemos é a que distância está.